Planos, planos e mais planos

Hoje é o meu primeiro dia "desempregado". Vou fazer o que sempre quis: estudar. Estudar de verdade, não como eu fiz até agora. Uma pena que esta minha decisão de me dedicar à faculdade, à uma possível entrada no mestrado, tenha demorado tanto.

Estive pensando estes dias: qual foi a tarde em que pude passar na biblioteca estudando? Nos últimos dois anos isto não aconteceu. Estou louco para que comece as aulas e eu possa realizar o meu desejo de ler, escrever, produzir. O semestre será muito bom, terei tempo de escrever para o blog de novo.

A vida de escritório foi muito boa, sabe? Ser reconhecido como um bom colaborador para uma empresa é gratificante. Estou orgulhoso por tudo que fiz lá. Entretanto, planejei coisas diferentes para este ano, quero ver até onde vai o meu potencial para o empreendedorismo. O trabalho vai ser deixado um pouco de lado e os estudos serão prioridade. Espero ser recompensado por isto. Quero inovar! Trabalhar com biblioterapia. O sonho de ter um escritório esta distante, porém ainda é possível montá-lo. Tenho muitas coisas a decidir: realizar um plano de ação é o principal. Quero, também, dar aula. Depois de muito tempo me considero pronto para dar aulas de português, literatura e redação para vestibular.

Venho pensando nestes meus planos há mais de seis meses. Me assusta pensar que chegou a hora. Estou com medo do vazio que esta vida sem a rotina do trabalho tome conta de mim. Preciso ser forte. Antes de qualquer coisa, preciso descansar. Por isso vou à praia e só volta lá pelo meio do mês, renovado e com as idéias mais convictas.

É muita informação para ser escrita em poucas linhas, perceberam? Acontece que no momento estou fazendo tantos planos que o meu pensamento está andando rápido demais para fixar-se em um pedaço de papel. É melhor eu refletir e colocar tudo em ordem. Gostaria de escrever sobre alguma coisa mas esta velocidade não vai me deixar em paz.

Me desejem sorte nesta nova jornada de minha vida.
Obrigado

Índice de blogs da área médica

Pessoal:

estou publicando um índice realizado na disciplina de Produtos de Recuperação da Informação.
A construção deste trabalho foi muito produtiva. O grupo descobriu uma gama de sites relevantes da área médica, que servem tanto para o público leigo, quanto para o público especializado.
Algumas coisas do projeto não foram seguidas: a formatação, por exemplo, foi diferente, pois, após a publicação do trabalho, percebemos que algumas trocas melhorariam o visual do mesmo. Outra proposta também não pode ser cumprida: a construção de um índice wiki, em que os próprios usuários pudessem acrescentar blogs de interesse da área médica, pois não obtivemos estrutura para construir tal ambiente.
Por fim, os índices ficaram bons. Todos possibilitam o acesso ao documento original. De fácil acesso e com visualização rápida, os estudantes e interessados em medicina podem fazer dos índices um objeto de pesquisa.

O acesso aos índices está disponível na barra superior após o título e a gravura.

Façam bom proveito

O futuro do blog, o futuro do livro

Um blog de uma pessoa como eu – que trabalha seis horas por dia, estuda mais quatro e viaja de ônibus mais duas – tem vida curta. Falo isso por experiência própria. Gostaria que as pessoas me lessem, gostaria de ter um site para escrever. E tenho isso. O problema é até que ponto ter um blog é prioridade na minha vida.

Meu blog está em coma, quase morrendo. O meu gosto por escrita o faz ressuscitar. Comecei a escrever um romance, também. Mas este é mais pessoal, não iria o expor assim. Não que eu tenha leitores assíduos, mas o fato de uma informação estar disponível na rede, dentro da Cauda Longa, é sinal de que um dia poderá ser recuperada.

Enfim, assim como meu blog, existem extremistas que falam, também, da extinção do livro. São pessoas entusiasmadas com o meio digital e que, obviamente, não pensam em preservação e, talvez, não tenham criado o hábito de leitura em suas vidas. A questão dos livros, levantada por Robert Darnton, vem tomando boa parte do meu tempo dedicado à leitura. Ele, assim como eu, gosta de folhear um livro, de seu cheiro, de sua arte. É óbvio que o e-book é revolucionário. Já está mais que batido que os hiperlinks transformam o pequeno texto em um mundo sem fronteiras. Agora, confiar só nisso é um erro. Pensar em uma biblioteca que só tenha um computador e um bibliotecário, até é possível e válido. Porém, é exagero acreditar que não seja necessário mais livros. Pior ainda (e falo isso para leigos no assunto), é acreditar que “tá tudo no Google”. Mentira, impossível! Vivemos num mundo em que se produz informação em excesso, por isso há a falsa idéia de que o conhecimento está disponível de forma gratuita em motores de busca.

Imagine, então, o que sobra para os repositórios? Não falo em repositórios digitais de periódicos ou de teses e dissertações – estes vão muito bem e merecem devido sucesso. Falo dos repositórios nacionais. Falo, neste sentido, também, de nossas bibliotecas públicas. Não imagino um repositório ou biblioteca composta por pen-drives e computadores. Tão não imagino quanto é absurdo pensar desta maneira. Com o tempo, o homem descobriu que o suporte mais confiável para preservação, desde a invenção de Gutenberg, é o livro, e que, quanto mais passa o tempo e mais se criam mídias, menor é o tempo de vida dos documentos.

Desabafo feito. Defendam o livro, mantenham suas estantes vivas! Assim como meu blog, ele pode estar perto do fim. Vida longa ao livro, vida longa ao meu blog.

Ass.: cético da web.

Rebaixamento...será?

Estou, definitivamente, pessimista. Tem horas que não consigo dormir. Não tá nem um pouco fácil suportar tanta pressão. Eu sempre fui paciente com o time, com o Silas e até com o Meira. Mas to começando a ficar preocupado - a vitória não sai e, pior, estou sem nenhuma perspectiva. Isso que nem vou falar do sucesso do nosso co-irmão.

Eis que surge a minha última esperança: Renato Gaúcho. Acho que ele nem é tão bom estrategista assim, mas nestas horas o que conta é a motivação - e eis um motivador! Foi o que podemos ver ontem nos quarenta e cinco minutos finais em Grêmio e Goiás. Fora da sulamericana, infelizmente, vamos lutar para não cair. Vamos cair na real: o Grêmio não vai almejar nada além da fuga do rebaixamento! Algo pífeo para o tamanho do clube. Um time sem técnica, por mais vontade que tenha, não consegue lutar por libertadores.

Deu, chega de desabafo, fui!

Blog de volta!

Conquistei com muito suor e esforço um notebook! É bom quando se compra as coisas com o próprio dinheiro, passa a se dar mais valor para as coisas. Com este novo aparelho vou poder fazer uma das coisas que eu mais gosto: escrever. Criar o hábito da escrita é agradável e faz bem para a saúde, eu recomendo.

Fazia praticamente um mês que não postava no blog. Quase que eu o abandono! Passou um tempo importante em que deixei de cobrir coisas como a Copa do Mundo (que bom, o desabafo ia ser grande). Mas, agora, estou de volta a ativa. É como se eu fizesse uma cirurgia. Não que eu não viva sem o computador, mas este me traz uma certa felicidade. Sabe como é, né? Escutar música, ver fílmes, ler, escrever, pesquisar, jogar (isso não pode faltar). Pois bem, um centro de cultura no meu próprio quarto, a minha disposição. É isso que me fazia falta, isso que traz de volta uma parte de mim.

Hoje, não vou fazer um texto denso com aquela descarga de pensamentos que sempre faço. Porque não sei muito bem do que falar. Só queria passar pra dizer que estou feliz, muito feliz! Estou escutando música em casa! Que saudade disso! E falando em saudade, acabei de matar a saudade da Danizinha, então tá tudo certo. Não, digo, tá tudo perfeito - deu gosto de ver o Brasil jogar ontem, o Grêmio trouxe um técnico que vai arrumar a casa. Pra completar, o Inter, com todo respeito ao meu sogro, vai perder pro Chivas e meu time vai ganhar no futebol de quarta-feira.

Já falei que estou feliz em estar de volta? Quando se escreve é melhor de se expressar. Pois, bem, vou me despedir por aqui. Tenho que futricar no note. Logo, logo, dicas de filmes, músicas, futebol e muito desabafo no Filosof'EU'. Meus cumprimentos para os quase nada leitores do meu blog.

Depois de todas as análises, o que sobrou?

Nas últimas semanas, a professora nos lançou a seguinte pergunta: é possível convergir todos esses elementos informacionais, distribuídos nas diferentes mídias estudadas, para sistematizar a busca e a recuperação de maneira mais ágil e eficiente?

Pois bem, acredito que sim. Talvez os bibliotecários ainda não estejam prontos para sistematizar toda esta gama de informações, mas acredito, sim, que há possibilidade de sucesso. Afinal, o bibliotecário deve sempre agir, em primeiro lugar, em função do usuário, se por no lugar dele e imaginar o melhor atendimento. Desta maneira, nós, estudantes que aprofundamos este conteúdo de mídias digitais, entraremos no mercado de trabalho com um plus e utilizaremos os recursos informacionais das mídias digitais aumentando o campo de pesquisa do usuário.

Hoje, o bibliotecário não é contratado para classificar o conteúdo publicado na internet. Talvez, um dia, seja. Ou, o que considero mais provável, o bibliotecário atuará no campo de pesquisa de classificação na internet – como as tags, por exemplo, que são as grandes classificadoras do ambiente virtual e são estudadas muito mais por tecnólogos da informação do que bibliotecários. Acredito que o profissional da informação pode dar muito mais contribuição no âmbito de mídias digitais do que dá atualmente. Poderia, mediante pesquisa, realizar a sistematização de informações das mídias estudadas, criando métodos de busca que tornem as buscas mais eficientes.

Até o presente momento, estou tratando o bibliotecário isolado, sem contar os serviços prestados por uma biblioteca. Neste caso, a biblioteca que está devidamente atualizada já está inserida no mundo digital: já possui site/blog, já disponibiliza serviços via computador – serviço de referência, busca no acervo, renovação de títulos retirados. A biblioteca está atuando muito bem em âmbito virtual. Com exceção às bibliotecas universitárias, são poucas as que disponibilizam e auxiliam usuários na busca em base de dados como o DOAJ. Acredito que os profissionais ainda são muito apegados ao documento físico que está em sua biblioteca e não amplia o campo de atuação para internet – procurando fontes confiáveis e acessíveis para, após seleção, tratamento e análise, ser repassado ao usuário. Este serviço, se feito com conhecimento técnico, é de fundamental importância e de grande utilidade para os usuários.

O que ainda vi pouco foi a questão justamente perguntada pela professora. Falta este ir além. Falta esta sistematização. Por exemplo: estudamos, nesta disciplina, que há uma grande variedade de jornais nacionais e internacionais os quais podem servir como fonte de informação para usuários de, principalmente, biblioteca pública. Porém, pesquisei em dois sites de bibliotecas públicas (Biblioteca Nacional e Biblioteca Pública do Estado do RS) e nenhum deles constou alguma seção de jornais, relacionando aqueles que fazem parte do âmbito das bibliotecas. No caso das bibliotecas especializadas, por exemplo, pode relacionar notícias de interesse da empresa/associação e fornecer via e-mail, fazendo o serviço de disseminação seletiva da informação.

Pessoas que tratam com informação devem aproveitar o ambiente virtual para integração. Pesquisamos, nesta disciplina, sobre webmuseus. A internet possibilita que uma biblioteca se ligue com um webmuseu, só falta o contato humano para que isso aconteça. A parceria pode acontecer e, novamente, será ampliada a gama de informações que o usuário poderá escolher na hora de sua pesquisa. Aprendemos, no decorrer do semestre, que a internet é uma grande nuvem, que forma uma rede interminável de informações (não conseguimos definir bem onde ela foi hospedada, mas sabemos que ela está lá!). É dever do profissional saber selecioná-las, criar uma cadeia de informações que sirva para o usuário de sua biblioteca. Outro fator que o bibliotecário deve levar em conta na hora de sistematizar as informações para acesso é relativo às redes sociais. Esta pode ser uma boa fonte e, além disso, uma forma de integração entre biblioteca e usuário.

Para concluir, inovar é preciso. Antecipar as tendências de uma possível biblioteconomia, expandindo conhecimento e aumentando o âmbito biblioteconômico através da revolução digital. Grande parte disso deve fazer parte do papel do bibliotecário atual.

Redes sociais em benefício à sociedade:

O termo redes sociais está vivendo uma fase popular devido o avanço da informação e da comunicação. Poucos dão-se conta que este termo já tem um passado, que existe desde antes do advento da internet. Falar em redes sociais é, também, falar de nossos relacionamentos: da rede que se cria entre amigos, da rede de pessoas com que encontramos no decorrer do dia – colegas de classe, motorista do ônibus, colegas de trabalho.

Com a internet, possibilitou-se a universalização do conhecimento e a expansão das redes sociais. É interessante o que nos coloca Amaral, quando afirma que o mundo está mudando sua estrutura de vertical para horizontal. A estrutura clássica seria a vertical, como é grande parte de instituições: família, empresa, igreja, entre outros. É uma estrutura em que há concentração do poder, controle e subordinação. Na família, quem controla e têm poder são os pais, bem como na igreja, os padres. A ascensão das redes sociais trouxe uma nova forma de ver o mundo, pois “as relações são de descentralização do poder e não há subordinação. Nas redes, têm poder aqueles que têm iniciativa e capacidade de estabelecer relações, conexões”. Esta é a forma de estrutura horizontalizada, em que nada é controlado, apenas administrado; em que qualquer membro que faça parte da rede possa colocar informações em circulação. É a democratização do conhecimento.

É neste contexto que podemos perceber porque sites de colaboração coletiva deram certo (Youtube, Wikipédia, Orkut). Não há um usuário que tenha controle sobre outro, nenhuma diferenciação. Todos estão no mesmo plano e com um mesmo objetivo. Esta é a nova organização das redes sociais: o compartilhar. Todos podem participar e se destaca, como dito anteriormente, aquele que é mais criativo, que tem iniciativa, que consegue relacionar-se melhor com os outros. Costa (p.236) enaltece o pensamento de grandes sociólogos, caracterizando uma tendência:
“estamos em rede, interconectados com um número cada vez maior de pontos e com uma freqüência que só faz crescer. A partir disso, torna-se claro o desejo de compreender melhor a atividade desses coletivos, a forma como comportamentos e idéias se propagam, o modo como notícias afluem de um ponto a outro do planeta. A explosão das comunidades virtuais parece ter se tornado um verdadeiro desafio para nossa compreensão”.
É isto que estamos estudando nesta disciplina de mídias digitais. Tudo que fazemos é aplicar o olhar do bibliotecário sobre este novo e surpreendente aspecto. Tentar compreende-los e saber utilizá-los visando à otimização dos serviços prestados pela biblioteca. É incrível, por exemplo, prestar o serviço de referência por MSN. Direcionar o usuário a portais de periódicos. Isto é o que eu falava antes: capacidade de criar relações. Ter a idéia de conhecimento compartilhado é o que faz a Biblioteca Dr. Romeu Ritter dos Reis que, além de ter um blog para dialogar melhor com seu usuário, tem como slogan “conhecimento: compartilhe”.

O bibliotecário faz parte da rede social e, por isso, deve colaborar com ela de forma horizontal.

REFERÊNCIAS:
 
AMARAL, Vivianne. Redes: uma nova forma de atuar. Disponível em: >. Acesso em: 10 jun. 2010.
 
COSTA, Rogério da. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais e inteligência coletiva. Interface - comunicação, saúde, educação. v.9, nº17, p.235-48, mar/ago 2005.