Redes sociais em benefício à sociedade:

O termo redes sociais está vivendo uma fase popular devido o avanço da informação e da comunicação. Poucos dão-se conta que este termo já tem um passado, que existe desde antes do advento da internet. Falar em redes sociais é, também, falar de nossos relacionamentos: da rede que se cria entre amigos, da rede de pessoas com que encontramos no decorrer do dia – colegas de classe, motorista do ônibus, colegas de trabalho.

Com a internet, possibilitou-se a universalização do conhecimento e a expansão das redes sociais. É interessante o que nos coloca Amaral, quando afirma que o mundo está mudando sua estrutura de vertical para horizontal. A estrutura clássica seria a vertical, como é grande parte de instituições: família, empresa, igreja, entre outros. É uma estrutura em que há concentração do poder, controle e subordinação. Na família, quem controla e têm poder são os pais, bem como na igreja, os padres. A ascensão das redes sociais trouxe uma nova forma de ver o mundo, pois “as relações são de descentralização do poder e não há subordinação. Nas redes, têm poder aqueles que têm iniciativa e capacidade de estabelecer relações, conexões”. Esta é a forma de estrutura horizontalizada, em que nada é controlado, apenas administrado; em que qualquer membro que faça parte da rede possa colocar informações em circulação. É a democratização do conhecimento.

É neste contexto que podemos perceber porque sites de colaboração coletiva deram certo (Youtube, Wikipédia, Orkut). Não há um usuário que tenha controle sobre outro, nenhuma diferenciação. Todos estão no mesmo plano e com um mesmo objetivo. Esta é a nova organização das redes sociais: o compartilhar. Todos podem participar e se destaca, como dito anteriormente, aquele que é mais criativo, que tem iniciativa, que consegue relacionar-se melhor com os outros. Costa (p.236) enaltece o pensamento de grandes sociólogos, caracterizando uma tendência:
“estamos em rede, interconectados com um número cada vez maior de pontos e com uma freqüência que só faz crescer. A partir disso, torna-se claro o desejo de compreender melhor a atividade desses coletivos, a forma como comportamentos e idéias se propagam, o modo como notícias afluem de um ponto a outro do planeta. A explosão das comunidades virtuais parece ter se tornado um verdadeiro desafio para nossa compreensão”.
É isto que estamos estudando nesta disciplina de mídias digitais. Tudo que fazemos é aplicar o olhar do bibliotecário sobre este novo e surpreendente aspecto. Tentar compreende-los e saber utilizá-los visando à otimização dos serviços prestados pela biblioteca. É incrível, por exemplo, prestar o serviço de referência por MSN. Direcionar o usuário a portais de periódicos. Isto é o que eu falava antes: capacidade de criar relações. Ter a idéia de conhecimento compartilhado é o que faz a Biblioteca Dr. Romeu Ritter dos Reis que, além de ter um blog para dialogar melhor com seu usuário, tem como slogan “conhecimento: compartilhe”.

O bibliotecário faz parte da rede social e, por isso, deve colaborar com ela de forma horizontal.

REFERÊNCIAS:
 
AMARAL, Vivianne. Redes: uma nova forma de atuar. Disponível em: >. Acesso em: 10 jun. 2010.
 
COSTA, Rogério da. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais e inteligência coletiva. Interface - comunicação, saúde, educação. v.9, nº17, p.235-48, mar/ago 2005.

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