Depois de todas as análises, o que sobrou?

Nas últimas semanas, a professora nos lançou a seguinte pergunta: é possível convergir todos esses elementos informacionais, distribuídos nas diferentes mídias estudadas, para sistematizar a busca e a recuperação de maneira mais ágil e eficiente?

Pois bem, acredito que sim. Talvez os bibliotecários ainda não estejam prontos para sistematizar toda esta gama de informações, mas acredito, sim, que há possibilidade de sucesso. Afinal, o bibliotecário deve sempre agir, em primeiro lugar, em função do usuário, se por no lugar dele e imaginar o melhor atendimento. Desta maneira, nós, estudantes que aprofundamos este conteúdo de mídias digitais, entraremos no mercado de trabalho com um plus e utilizaremos os recursos informacionais das mídias digitais aumentando o campo de pesquisa do usuário.

Hoje, o bibliotecário não é contratado para classificar o conteúdo publicado na internet. Talvez, um dia, seja. Ou, o que considero mais provável, o bibliotecário atuará no campo de pesquisa de classificação na internet – como as tags, por exemplo, que são as grandes classificadoras do ambiente virtual e são estudadas muito mais por tecnólogos da informação do que bibliotecários. Acredito que o profissional da informação pode dar muito mais contribuição no âmbito de mídias digitais do que dá atualmente. Poderia, mediante pesquisa, realizar a sistematização de informações das mídias estudadas, criando métodos de busca que tornem as buscas mais eficientes.

Até o presente momento, estou tratando o bibliotecário isolado, sem contar os serviços prestados por uma biblioteca. Neste caso, a biblioteca que está devidamente atualizada já está inserida no mundo digital: já possui site/blog, já disponibiliza serviços via computador – serviço de referência, busca no acervo, renovação de títulos retirados. A biblioteca está atuando muito bem em âmbito virtual. Com exceção às bibliotecas universitárias, são poucas as que disponibilizam e auxiliam usuários na busca em base de dados como o DOAJ. Acredito que os profissionais ainda são muito apegados ao documento físico que está em sua biblioteca e não amplia o campo de atuação para internet – procurando fontes confiáveis e acessíveis para, após seleção, tratamento e análise, ser repassado ao usuário. Este serviço, se feito com conhecimento técnico, é de fundamental importância e de grande utilidade para os usuários.

O que ainda vi pouco foi a questão justamente perguntada pela professora. Falta este ir além. Falta esta sistematização. Por exemplo: estudamos, nesta disciplina, que há uma grande variedade de jornais nacionais e internacionais os quais podem servir como fonte de informação para usuários de, principalmente, biblioteca pública. Porém, pesquisei em dois sites de bibliotecas públicas (Biblioteca Nacional e Biblioteca Pública do Estado do RS) e nenhum deles constou alguma seção de jornais, relacionando aqueles que fazem parte do âmbito das bibliotecas. No caso das bibliotecas especializadas, por exemplo, pode relacionar notícias de interesse da empresa/associação e fornecer via e-mail, fazendo o serviço de disseminação seletiva da informação.

Pessoas que tratam com informação devem aproveitar o ambiente virtual para integração. Pesquisamos, nesta disciplina, sobre webmuseus. A internet possibilita que uma biblioteca se ligue com um webmuseu, só falta o contato humano para que isso aconteça. A parceria pode acontecer e, novamente, será ampliada a gama de informações que o usuário poderá escolher na hora de sua pesquisa. Aprendemos, no decorrer do semestre, que a internet é uma grande nuvem, que forma uma rede interminável de informações (não conseguimos definir bem onde ela foi hospedada, mas sabemos que ela está lá!). É dever do profissional saber selecioná-las, criar uma cadeia de informações que sirva para o usuário de sua biblioteca. Outro fator que o bibliotecário deve levar em conta na hora de sistematizar as informações para acesso é relativo às redes sociais. Esta pode ser uma boa fonte e, além disso, uma forma de integração entre biblioteca e usuário.

Para concluir, inovar é preciso. Antecipar as tendências de uma possível biblioteconomia, expandindo conhecimento e aumentando o âmbito biblioteconômico através da revolução digital. Grande parte disso deve fazer parte do papel do bibliotecário atual.

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