Quem sou eu

Apresentar-se a um determinado público: um tema difícil de dissertar e de atrair leitores, porém magnífico em mostrar o nível do auto-conhecimento dos dissertadores. Em meu caso, sou um indivíduo que vive em busca de muitos sonhos e realizações, graças a uma grande base que garante a força para o sucesso: família, livros e música; com os quais já não consigo mais viver sem. Tentarei, aqui, ser o máximo realista que puder, citando características as quais possuo – sem, em nenhum momento, promover algo que não faça parte de mim.

O indispensável: me chamo Ramon, estou no 3º semestre de biblioteconomia (curso que admiro muito), trabalho na biblioteca da TozziniFreire advogados aqui de porto alegre, sou moreno (apesar de ter em meu sangue várias raças diferentes, assim como todo brasileiro), tento estar sempre bem-humorado e passar um pouco de minha felicidade para as pessoas.

Sinto-me obrigado a escrever primeiramente sobre minha família, pois sua influência na minha vida é a mais significativa. Graças a ela, aprendi a ser educado e, o mais importante, a ter respeito pelo próximo, ou seja: não fazer aos outros o que eu não quero que façam contra mim. Uma característica admirável: às vezes sinto que nasci na época errada, tendo em vista que são poucas pessoas que fazem uso desta frase. A família é a razão dos meus sonhos, o motivo pelo qual eu vivo – é o sangue que faz bombear meu coração – a verdadeira felicidade em mim. Se estou alegre, é porque todos estão bem; se estou com saudade é porque faz mais de um dia que não vejo o meu amor; se estou chateado é porque há algo de errado lá. Em torno deste vínculo gira a maioria de meus sentimentos e minhas emoções, sendo inevitável não cita-los ao me apresentar.

Sou humilde em saber que pouco conheço do mundo, entretanto reconheço o conhecimento que já tenho. Com este, adquiri uma enorme moral a qual imponho todos meus atos: minha principal característica. Julgo previamente qualquer ação que realizo e faço uma reflexão interior para depois poder agir – independente da situação, faço apenas o que considero correto (algo que só o meu auto-conhecimento permitiu). Não foi fácil chegar a este nível, foi com a influência da leitura de livros de Gandhi, Tolstoi, Thoreau, Proudhoun, Rosseau, Machado de Assis, que me fizeram entender quanto alguns valores como: moral, respeito, dignidade, honra; andam sendo ignorados pela sociedade ultimamente. Igualmente, me senti identificado com letras de músicas de bandas como Dead Fish, Descendents, Face to Face, Rise Against, Eddie Vedder, entre outros (é uma pena não ser possível mostrar melodias em um texto). Sendo assim, percebo em mim um estilo de vida simples que busca, através da fé e do amor, não dinheiro e poder: apenas liberdade e verdade (queria viver totalmente independente, se é que me entendem, a verdadeira paz). Thoreau já disse há um certo tempo: “Mais do que amor, dinheiro, fé, fama, justiça, dêem-me a verdade”.

Apenas por curiosidade, minhas posições gerais são as seguintes: sou adepto do vegetarianismo, da não-violência, do contrato social e anarquista (excluo a idéia de poder do homem sobre o homem). As pessoas me julgam demais, muitas acreditam que sou hipócrita e, provavelmente, o leitor ou ouvinte desta dissertação logo concorde com isto também. Porém não sou ingênuo e basta me conhecer para, daí sim, tirar conclusões do que realmente sou. Não é fácil de convencer as pessoas de como sou. Sempre andam desconfiados comigo, esperando uma brecha para denunciar algum possível ato de “impureza”! Desculpem a modéstia, mas nunca me pegaram!

Perceberam? Sou um quebra-cabeça de tabuleiros diferentes em que as peças se encaixam apenas em meu interior, representando, portanto, meu exterior. Sei que sou o maior suspeito quando se trata de me descrever, não quis ser exagerado e nem causar espanto, pelo contrário, quero passar aos leitores toda a minha simplicidade e o quão encantadora é.

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